Um post um pouco diferente, mas não consigo deixar passar em branco o aniversário da nossa Revolução... Peço desculpa pelo estilo um pouco... sei lá... a mim já me parece estranho, mas foi escrito há quatro anos atrás, e nessa altura eu pensava (e escrevia) de forma (muito) diferente...
Abril – a Revolução
Começou de madrugada
(uma para sempre lembrada)
Ao som de uma canção...
Enquanto o poeta cantava,
O Exército acordava
Para concretizar a ilusão
De toda uma nação...
Das armas choveram
Cravos e não balas:
Os poucos que morreram
O Fascismo os matava.
O poder “caiu na rua”
Mas ao Povo foi tirado.
A luta continua! –
É preciso ser lembrado...
Mas a Revolução triunfou!
E veio o Verão Quente!
Portugal acordou,
Tentando plantar a semente.
Semente de democracia,
De fraternidade, de igualdade.
Semente de Liberdade
Que despontava com alegria.
Semente que pouco floresceu...
Desde logo foi sufocada
Pelo veneno que verteu
A contra-revolução exaltada.
Assim acabou em Novembro
O Verão que a Pátria aquecia.
(O verão acaba em setembro,
mas na alma o calor se sentia)
Foi grande a desilusão
De todo o nosso país:
Arrancaram do coração
Semente, caule e raiz.
Continuo desiludida
Com os Capitães de Abril:
Revolução? Destruída!
Povo? Voltou ao redil...
Abril – a Revolução: o dia
Em que Portugal renascia.
Mas... De que serve renascer
Se não se continua a viver?...
24 abril 2005
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1 comentário:
A revolução que ainda não se fez.
Prometeu
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