24 abril 2005

Abril - a Revolução

Um post um pouco diferente, mas não consigo deixar passar em branco o aniversário da nossa Revolução... Peço desculpa pelo estilo um pouco... sei lá... a mim já me parece estranho, mas foi escrito há quatro anos atrás, e nessa altura eu pensava (e escrevia) de forma (muito) diferente...

Abril – a Revolução
Começou de madrugada
(uma para sempre lembrada)
Ao som de uma canção...

Enquanto o poeta cantava,
O Exército acordava
Para concretizar a ilusão
De toda uma nação...

Das armas choveram
Cravos e não balas:
Os poucos que morreram
O Fascismo os matava.

O poder “caiu na rua”
Mas ao Povo foi tirado.
A luta continua! –
É preciso ser lembrado...

Mas a Revolução triunfou!
E veio o Verão Quente!
Portugal acordou,
Tentando plantar a semente.

Semente de democracia,
De fraternidade, de igualdade.
Semente de Liberdade
Que despontava com alegria.

Semente que pouco floresceu...
Desde logo foi sufocada
Pelo veneno que verteu
A contra-revolução exaltada.

Assim acabou em Novembro
O Verão que a Pátria aquecia.
(O verão acaba em setembro,
mas na alma o calor se sentia)

Foi grande a desilusão
De todo o nosso país:
Arrancaram do coração
Semente, caule e raiz.

Continuo desiludida
Com os Capitães de Abril:
Revolução? Destruída!
Povo? Voltou ao redil...

Abril – a Revolução: o dia
Em que Portugal renascia.
Mas... De que serve renascer
Se não se continua a viver?...

1 comentário:

Daniel Cardoso disse...

A revolução que ainda não se fez.

Prometeu