23 abril 2007

Banco à beira-rio (parte I)

Levanto-me deste banco à beira-rio, vou mesmo até à beirinha do paredão. A água move-se lá em baixo, em ondas revoltas pelo vento gelado que as fustiga como me fustiga a mim. Fico assim um momento, mas acabo por voltar costas e afastar-me.

Passo as mãos pela barriga, devagar, numa carícia.
Ainda não se nota, ainda não se vê nada, bem sei.
Mas eu sinto. Sim, sinto-o. Sinto dentro de mim esta criança que ninguém quer, ninguém deseja, nem sequer os próprios pais...
Tu és uma criança, e eu confirmei-o uma vez mais quando te contei o que acontecera. Ficaste a olhar para mim, sem reacção. E depois, a única coisa que soubeste dizer foi que eras muito novo para ser pai...
Nem sequer me decepcionaste, sabes? Sempre tive consciência que não és o meu “príncipe encantado”, sempre soube que isto era só um namorico sem grande importância. Nunca pensei em casamento, em filhos, nem sequer num futuro a dois. És demasiado infantil. Divertido, sim, giríssimo, simpático, interessante. Mas tão criança ainda...
Naquele dia provaste-o uma vez mais. Quando te disse para não te preocupares porque eu trataria de tudo, sorriste aliviado e afastaste-te, repetindo que se eu precisasse de alguma coisa era só dizer. Foste incapaz de ver as lágrimas que me brilhavam nos olhos. Foste incapaz de me dar um abraço, e eu precisava tanto disso... Limitaste-te a deixar seguir, a escolher o caminho mais fácil, a deixar tudo nas minhas mãos.
E por isso hoje estou aqui, sozinha.
Quer dizer, sozinha não. Tenho o meu filho dentro de mim.
O meu filho. Fruto não de um grande amor, como eu sonhei, mas sim de uma paixão de Verão.
Mas o Verão passou. E o vento frio que sopra lembra-me que é Inverno, que o tempo passa e que eu tenho de tomar uma decisão.
Meu filho.
Estas palavras têm magia. Não consigo impedir-me de sonhar com ele, de sonhar em tê-lo nos meus braços a sorrir-me, de sonhar em vê-lo crescer.
Sonhos impossíveis. Repito-o para mim uma e outra vez, bem duramente.
Não me consigo convencer...
Eu quero este filho, quero-o muito!
E ao mesmo tempo odeio-o.
Se o tivesse, teria de desistir de muita coisa, de demasiada coisa. Valeria a pena? Sim, sem dúvida. Mas eu não tenho força para isso, não tenho força para tanto. Não tenho força para seguir, para enfrentar tudo o que teria de enfrentar. Tenho medo.
Medo... É a primeira vez que o sinto. Mas sinto-o forte e poderoso dentro de mim. Medo da reacção dos meus pais, medo da reacção dos meus amigos, medo de ter de me distanciar das pessoas de quem gosto, medo de ter de me tornar adulta, de ter de enfrentar problemas e responsabilidades. Medo de sofrer. Medo de te ver sofrer, meu filho, meu menino, meu bebé. Medo de te ver chorar. Medo de te ver passar por situações dolorosas, medo de que cresças infeliz e a odiar-me. Medo.
Ninguém sabe ainda que tu existes, só o teu pai que não o quer ser. Tenho de ser eu a escolher, eu a decidir. Sem ajudas, sem conselhos, sem interferências. A responsabilidade tem de ser só minha, porque a inconsciência também o foi, porque o erro também o foi. Não quero mais tarde culpar ninguém por ter feito ou deixado de fazer seja o que for.
Mas... Fazer? Fazer o quê? Não sei se tenho coragem seja para o que for, quer para te matar quer para te deixar viver...

15 abril 2007

Emptiness

Às vezes não sabemos o que escrever, simplesmente precisamos de o fazer.
Para tentar exorcizar demónios.
Para tentar esquecer o Mundo.
Para tentar SENTIR novamente.

Às vezes sentimo-nos vazios. E tentamos chorar sem o conseguir.
Às vezes não sabemos o que fazer. Nem o que sentir. E por isso não sentimos nada. É mais fácil...

Alguém me ajuda a sentir de novo?...

29 janeiro 2007

Alma Rasgada

Seguro-te nos meus braços sem falar, sem te olhar. Seguro-te, apenas.
Dói, sabes? Dói muito, mesmo muito. Nunca pensei que doesse tanto...
As lágrimas ardem na minha cabeça pesada, cheia de coisas por dizer, por fazer, por sentir. Cheia de futuro que nunca o será, cheia do passado que já foi e não pode voltar, cheia de presente que dói, fere, rasga, magoa. Cheia do presente que quero, oh, quero tanto!, negar. Negar o presente para acreditar que pode haver futuro...
Porquê? Quem o determinou, quem o mandou, quem disse que era assim, que tinha de ser assim? Porquê? Eu só quero um pouco mais, uns anos, uns meses, uns dias, umas horas... Qualquer coisa, qualquer momento mais que seja nosso como o são todos os momentos que passamos juntos, presos um no outro, estreita e apaixonadamente enlaçados...
... Não é justo!!!!
E quem disse que a vida é justa?...
As lágrimas esforçam-se por vencer a minha resistência e cair, chorar todas as minhas tristezas e amarguras, chorar, poder chorar! Mas não posso. Não posso, não devo, não quero fazê-lo! Por ti, por mim, pela criança que neste momento cresce no meu ventre sobre o qual poisas a mão docemente, tentando talvez tocar a nossa filha, o nosso bebé, a nossa pequenina. A menina com que tu também sonhaste, a alma que também tu idealizaste. A nossa filha, o fruto do nosso amor, os nossos corpos, o nosso sangue a renascer num novo corpo, nem teu nem meu mas sim nosso. NOSSO. E dela.
O teu corpo, doce e pesadamente encostado ao meu, é tão quente, tão macio! Tão entregue a mim e ao nosso amor! Como pode tudo isto ir acabar? Como?...
E no entanto vai. E tu sabe-lo como também eu o sei, sabemo-lo ambos e é por isso mesmo que, nesta tarde fria de Setembro, estamos aqui quietos na sala, no nosso sofá, eu sentada, tu estendido, o teu corpo semi-erguido pesadamente encostado ao meu, a tua mão docemente pousada no meu ventre numa carícia terna e quente... Em nosso redor, o silêncio. Sem música, sem palavras, sem sons alguns de qualquer espécie, sentamo-nos ambos em silêncio, aproveitando estes tão doces momentos... Que poderão ser os últimos de paz e amor. Que poderão ser os nossos últimos momentos juntos...
Aperto-te mais de encontro ao meu peito e tu, por um momento, ergues os olhos de encontro aos meus. Vejo os teus ensombrarem-se ao perceber a dor que se espalha e reflecte neles e, de repente, estás sentado ao meu lado, as pernas passadas por cima das minhas, e abraças-me. Abraças-me com força, com muita força mesmo, e eu sinto-me segura, tão segura! Tão segura que, por um momento, esqueço tudo o resto e te abraço também, tentando fazer-te sentir todo o amor, toda a paixão, todo o carinho e ternura que sinto por ti. E talvez até o tenha conseguido, uma vez que sinto o teu corpo a relaxar de encontro ao meu, as tuas mãos a percorrerem-me as costas numa carícia doce e leve...
Suspiro, os meus lábios aninhados na leve cova do teu pescoço, sentindo os teus beijos no meu cabelo. Ergues-me a face suavemente, beijas-me com ternura e paixão, procurando fazer-me esquecer que vai haver amanhã, um amanhã tão terrível e doloroso... O nosso beijo torna-se molhado, molhado das minhas lágrimas. E eu levanto-me e saio da sala, deixando-te sozinho e de braços vazios, de braços vazios como também eu estarei daqui a pouco... Meses? Semanas? Dias? Por quanto se conta ainda o tempo que tens de vida?...
Porquê, destino, PORQUÊ?! Porquê a mim, porquê a nós? Que fizemos nós de errado para merecermos isto, que fizemos nós de errado para merecermos esta condenação? Que fizemos nós de errado para merecermos ser separados, agora que encontrámos, finalmente!, o Amor que nos faltou durante todas as nossas vidas? Que fizeste tu de errado para mereceres a doença que te corrói as entranhas e que te condenou a um fim doloroso e prematuro? Que fez a nossa filha de errado para nascer sem hipótese de conhecer o pai?...
Enrolo-me sobre a cama num novelo apertado, sobre a nossa cama onde vivemos tantos momentos de amor e paixão, sobre a nossa cama na qual, em breve, dormirei sozinha. Sobre a nossa cama que, em breve, ficará para sempre fria do teu calor...
Como dói! O quanto dói! Parece que me tira a respiração, esta dor enorme e penetrante que se alojou no meu coração e me ameaça deixar fria fria e vazia por dentro... E eu limito-me a chorar lágrimas amargas, sem conseguir parar. Dói. Dói saber que te vou perder e que nada posso fazer para o impedir. Dói! E eis que a dor é tão grande que ameaça sufocar-me e eu, sem tentar resistir mais, fecho os olhos, cerro os punhos com força e tento afogar nas almofadas a dor imensa que explode em nãos meio gemidos meio gritados...
Entras no quarto e vês-me assim. Sem uma palavra, sentas-te a meu lado, puxas-me para ti e forças-me a chorar no abrigo dos teus braços enquanto me acaricias os cabelos em gestos curtos e lentos. Sinto o teu coração a bater depressa e o teu peito a levantar-se em longas inspirações suspiradas-quase-soluçadas. Sem mais nada a fazer, abraço-te com força e choro, choro até me sentir seca e sem mais lágrimas para chorar...


Dois meses passaram. Dois meses de dor e sofrimento. Custa, ver-te todos os dias e todos os dias saber que pode ser este o último... Se não fossem as drogas que te dão, não conseguirias aguentar durante muito tempo as terríveis dores do teu corpo a desfazer-se... Mas mesmo assim por vezes vejo-te ficar branco e de lábios apertados, a conter um gemido de sofrimento para eu não sofrer, para não me perturbar. Se soubesses que eu percebo... Se soubesses que sinto essas dores no meu corpo como se estivesse dentro do teu... Mas eu, também para não te perturbar, finjo nada perceber e sorrio.
Desde aquela explosão de choro que tanto perturbou ambos, recuso-me a pensar no futuro. Recuso-me a pensar que no mês que vem, na próxima semana, amanhã, podes já não estar comigo, tento esquecer que nunca verás o nascimento da nossa filha a não ser que um quase milagre ocorra... É difícil, mas não impossível. E eu, dolorosamente, tento aprender a viver segundo, apenas e só, a máxima latina Carpe Diem.
Aproveita o dia, e aprende a viver assim.
Na verdade, se estivesses no hospital poderias talvez viver mais algum tempo. Mas tu não o quiseste. Decidiste que não querias passar os teus últimos dias enfiado numa cama, num ambiente artificial, longe de quem te ama, não vivendo mas apenas sobrevivendo. E eu não consegui nem me reconheci sequer direito de me opor a isso. Amo-te demais para te querer engaiolado, alma selvagem...
E assim passamos aqueles que sabemos serem os teus últimos dias, juntos e aproveitando cada momento de felicidade, afastando cada um dos (muitos!) momentos em que a dor e o desespero da impossibilidade de agirmos nos invadem...


A nossa filha nasceu esta noite. É uma bebé linda e forte, saudável, grande. É muito parecida contigo... Tem os teus olhos, a tua pele branca, o teu cabelo muito negro, as mãozinhas de dedos finos como os teus. É linda, e eu sinto-a tão frágil e doce nos meus braços... É a nossa filha.
Morreste esta tarde. Minutos depois de veres a nossa filha.
A minha alma está rasgada e grita em silêncio, esvaindo-se em sangue...

Nota de Autor

Aqui estou de volta...
Visual ligeiramente alterado, como se pode notar, e ainda sem saber que caminho irá seguir este espelho. Mas a verdade é que senti a falta de me ver reflectida. Por isso, aqui estou. De novo em frente ao meu Espelho Negro...

23 março 2006

Goodbye, Lúthien. Hope I'll see you again...

Tive um dia uma amiga, uma grande amiga. Conhecemo-nos éramos ainda crianças, e desde logo nos entendemos às mil maravilhas. Lembro-me ainda do primeiro dia, da primeira conversa. Consigo ainda indicar o local, as posições, as palavras que foram trocadas. A minha primeira grande amiga...
Os anos passaram e crescemos juntas, compartilhando bons e maus momentos. E em todos estivémos lá uma para a outra. As nossas almas passaram por invernos e verões, por lágrimas e risos. E nós continuámos juntas.
Houve zangas, houve reconciliações. Senti-me traída, humilhada, deixada de parte. Senti-me usada. Mas a amizade que eu sentia era maior e mais forte do que isso, e consegui sempre por esses maus momentos para trás das costas. E assim foi...
Estive presente em alguns dos piores momentos da vida dela, tal como ela esteve presente em alguns dos meus. Apoiámo-nos mutuamente, demos força uma à outra. Conseguimos sempre fazer a outra pensar que depois de qualquer fria noite de inverno havia sempre uma promessa de luminosas e quentes manhãs de verão...
Passaram dez anos e quatro meses. E a amizade que julgámos eterna, que prometemos continuar nos nossos filhos, acabou. Não vou atribuir culpas, porque quando uma amizade acaba a culpa nunca é unilateral... Talvez ela tenha razão. Talvez eu seja arrogante, intolerante. Talvez eu despreze toda a gente e não saiba aceitar as opiniões dos outros, respeitar a sua liberdade. Sim, talvez ela tenha razão. Da minha parte, sei que sou por vezes realmente muito bruta. Sei que sou susceptível. Sei que sou orgulhosa. Sei que tenho realmente muitos defeitos... E sei também que tenho algumas qualidades. Entre elas encontra-se a capacidade de perdoar a um amigo, mesmo quando me fere e rasga no mais fundo de mim mesma. E a capacidade, julgo, de entender que as pessoas crescem e que se transformam. E de saber respeitar isso, de não o encarar como impeditivo a uma amizade... Mas talvez eu esteja errada e não seja assim. Talvez no fundo o meu maior erro seja amar e entregar-me de corpo e alma quando amo... Amor com letra maiúscula, amor-philia, não só amor-eros. Talvez seja realmente esse o meu erro, o erro que já me custou muitas lágrimas e muita dor. Mas isso é algo que não posso, não consigo alterar, por muito que já tenha tentado...
Talvez um dia as feridas mútuas sarem e a amizade volte. Talvez sim, talvez não. O Futuro pertence ao Destino, não a mim. E mesmo que me pertencesse, não o quereria ler. Mas enquanto espero que o Futuro revele se esse dia chegará ou não, vou guardar no meu coração a lembrança de uma amizade bela e fiel, vou esquecer as memórias de todos os momentos maus. E vou saber apenas que esta amizade será para sempre uma das mais belas recordações da minha vida.

Goodbye, Lúthien. Beyond all the sadness, beyond the time and the space, I will not forget you. I will keep your memory forever in my heart. I'll stay with you...

Nota de autor

Olá... Não sei se alguém sentiu a minha falta, ou se já estão habituados... Mas a verdade é que se juntaram várias coisas que me impediram de passar por aqui, quer boas quer (infelizmente!) más... Mas hoje aqui deixo de novo um post, infelizmente relativo a uma das piores coisas que me aconteceram nos últimos tempos...

13 janeiro 2006

Sem nada para dizer...

Não sei se conhecem aqueles dias em que nos sentimos vazios. Sem nada dentro de nós. Muitas vezes até por um motivo completamente estúpido...
Não sei se conhecem aqueles dias em que só nos sentimos bem em silêncio. Calados. Porque não temos nada para dizer...
Não sei se conhecem aqueles dias em que só nos sentimos bem dentro de casa. Fechados. Isolados. Mesmo quando o sol brilha e o céu azul convida a passear...
Não sei se conhecem aqueles dias que parecem sempre de Inverno. Mesmo quando é Verão. Porque nós só vemos sombras...


Não sei se conhecem esses dias...
Eu conheço. Estou num deles...

15 dezembro 2005

Cinzas

Para um amigo muito especial, o meu agradecimento por isto ser só imaginação... Estou contigo, fénix negra. Não tenhas medo de te apoiar...
O mar enrola e rebenta sobre a areia à minha frente. E eu recordo-te, meu amigo, meu irmão.
Faz hoje dois anos que desististe de tudo. Mas a mágoa ainda não passou.
Nem a culpa...
Podia ter feito mais?
O que não fiz?
O que poderia ter feito?
O que se pode fazer quando alguém quer desistir, quando alguém quer morrer?
Podia ter feito mais?
Fiz tudo o que podia, o que sabia, o que devia?
Como saber?
E como perdoar-me se perceber que não o fiz?...
Quem gosta, quem se diz amigo-irmão-companheiro, quem gosta a sério!, tem responsabilidades. Tem a responsabilidade, o dever e o prazer de estar ali, sempre. Sempre.
Quem é amigo-irmão-companheiro recebe em si os problemas e o peso do outro. De boa vontade e com um sorriso nos lábios. Porque é um prazer ajudar.
Mas como ajudar quem não quer ser ajudado?
Como ajudar quem foge?
Como não me sentir culpada?...
Naquela noite de lua minguante, fina como um fio prateado no céu, tu não pediste ajuda. Acabaste com tudo, simplesmente. Da forma que achaste mais fácil. E agora a dor e a amargura ficam em mim...
Quantas, quantas vezes deste a entender que o peso era muito, que a pressão era demasiado grande, que tu não conseguias nem querias mais aguentar?
Quantas vezes olhei para ti e vi sombras e desespero nos teus olhos?
Quantas vezes tive medo e quis abraçar-te com muita força, tentar prender-te para ter a certeza que não ias fazer isso, que não ias desistir, que a luz tão bela da tua alma, a luz que se tornara vacilante como a chama de uma vela, que a tua luz tão especial não se ia apagar?
Mas acabei sempre por não o fazer...
Por temer não te conseguir atingir nesse mundo friorento e gélido onde te refugiavas, esse mundo de sombras sem luz.
Por medo e timidez, por não saber como te dizer "Gosto de ti!". Nunca o soube fazer...
Por fraqueza...
E tu partiste. E eu perdi a oportunidade de te olhar nos olhos e dizer o quão especial és, o quão im,portante e precioso és. Para mim, amigo-irmão-companheiro. E para todos os que te conhecem e te amam. Para todos os que conhecem a palavra Amor sem a temer...
Até quando? Até quando esta dor?
Que fiz de errado?
Que deixei por fazer?
Podia ter-te ajudado?
Agora já não há tempo...
O punhal cruel já dilacerou a tua pele, o sangue ardente e rubro já fugiu do teu corpo. És cinzas, agora. Cinzas espalhadas pelo mar, como sempre quiseste. E eu olho o mar e procuro-te...
Miss you, dark knight of the shadows. Miss you, my friend. Miss you, my brother.
Hope that someday, somewhere, we'll be together again. Till then, I stay with the sea. I stay with you...

12 dezembro 2005

Miss you even more when the night covers me...

Está escuro.
Está frio.
Estou sozinha.
Dói-me a alma...

Noite escura e fria, noite de solidão. E eu, sozinha neste quarto escuro e frio, penso em ti.
Penso no teu calor, na tua luz, na tua doce presença que afasta todo o mal, que me faz sentir feliz como nada mais faz... Sinto a tua falta!
Não sou nada sem ti, não sou ninguém. E é quando a noite cai que o sinto mais profundamente, quando esta noite que tu me ajudaste a amar cada vez mais e a temer cada vez menos me envolve... Senhor da Noite, sem ti tremo no frio. Tudo desaparece e se desvanece, tudo sossobra como um castelo de areia que uma onda envolve docemente... Que sou eu sem ti?...
E se tudo isto é verdade e realidade nos dias quentes e luminosos, nos dias gélidos e luminescentes, ainda mais verdade se torma nesta escuridão...


MISS YOU EVEN MORE WHEN THE NIGHT COVERS ME...