Olho-te.
Olho-te nos olhos, profundamente, bem profundamente.
Os teus olhos... Como eu adoro os teus olhos, os teus olhos castanhos, tão mutáveis quanto a tua alma, ora doces ora amargos, ora meigos ora brutos, ora frágeis ora fortes... Como eu adoro os teus olhos, como eu adoro perder-me neles, ler as suas profundezas!
Olho os teus olhos. E vejo neles uma miríade de coisas.
Amor.
Paixão.
Ternura.
Vontade de me proteger. De saber o que eu escondo. De ouvir o que eu calo.
Eu sei, eu sei bem quanto tu sofres com o meu silêncio. Sei o quanto queres compartilhar tudo o que eu sou, tudo o que eu sinto, todas as minhas alegrias e tristezas. Sei o quanto queres que te olhe e, simplesmente, conte tudo. Tudo.
Mas eu não o faço.
Não consigo.
Não quero.
Os momentos que passamos juntos são tão curtos, tão poucos, tão preciosos! Não os quero estragar com más recordações, com evocações tristes. E, mais ainda do que isso, não quero que te preocupes comigo, que tenhas pena de mim. E sei o quão chocado ficarias se te contasse tudo. Nem sei se me perdoarás algo que te escondi, uma ajuda que não pedi. Mas eu não quero que te preocupes, amor! Não quero! Quero proteger-te, proteger-te como tu me proteges a mim.
Sorrio, passo a mão levemente pela tua face, deixo-a deslizar até à tua nuca... e sorrio ainda mais ao ver as tuas brincadeiras, as tuas expressões de gatinho mimalho.
És tão doce, meu amor! Tão doce, tão meigo, tão carinhoso. Tão atento. Sempre.
Vejo nos teus olhos preocupação, a preocupação que surge de cada vez que me sentes em baixo, de cada vez que me sentes neura. A preocupação aumentada com o sofrimento provocado pelo meu silêncio, pela minha distância. Não fiques assim, amor, apetece-me dizer-te. Não aguento ver-te a sofrer, não aguento mesmo. Dói-me tanto, tanto! Se soubesses...
Abraço-te com força, com muita força, encostando-me a ti, deitando a cabeça no teu ombro, sentindo o teu coração a bater rápido, muito rápido, contra o meu peito. Sinto os teus braços a envolverem-me e a segurarem-me com força, tentando transmitir-me calma, paz, segurança... e conseguindo-o. Só me sinto feliz assim, quando estou nos teus braços, sabes? Sinto-me tão bem...
Mas desta vez sinto algo mais. Sinto a tua preocupação e o teu sofrimento a envolverem-me, a penetrarem até ao fundo do meu coração. E isso dói, dói, dói... Dói tanto que mordo os lábios para me tentar conter.
Um momento depois, reergo os olhos. Reencontrei um sorriso para ti, e ofereço-to.
Olho-te nos olhos, profundamente, bem profundamente.
Acaricio-te levemente as faces, beijo-te. Intensamente.
Murmuro baixinho, bem baixinho, “Amo-te!”.
E esta é a resposta.
Olho-te nos olhos, profundamente, bem profundamente.
Os teus olhos... Como eu adoro os teus olhos, os teus olhos castanhos, tão mutáveis quanto a tua alma, ora doces ora amargos, ora meigos ora brutos, ora frágeis ora fortes... Como eu adoro os teus olhos, como eu adoro perder-me neles, ler as suas profundezas!
Olho os teus olhos. E vejo neles uma miríade de coisas.
Amor.
Paixão.
Ternura.
Vontade de me proteger. De saber o que eu escondo. De ouvir o que eu calo.
Eu sei, eu sei bem quanto tu sofres com o meu silêncio. Sei o quanto queres compartilhar tudo o que eu sou, tudo o que eu sinto, todas as minhas alegrias e tristezas. Sei o quanto queres que te olhe e, simplesmente, conte tudo. Tudo.
Mas eu não o faço.
Não consigo.
Não quero.
Os momentos que passamos juntos são tão curtos, tão poucos, tão preciosos! Não os quero estragar com más recordações, com evocações tristes. E, mais ainda do que isso, não quero que te preocupes comigo, que tenhas pena de mim. E sei o quão chocado ficarias se te contasse tudo. Nem sei se me perdoarás algo que te escondi, uma ajuda que não pedi. Mas eu não quero que te preocupes, amor! Não quero! Quero proteger-te, proteger-te como tu me proteges a mim.
Sorrio, passo a mão levemente pela tua face, deixo-a deslizar até à tua nuca... e sorrio ainda mais ao ver as tuas brincadeiras, as tuas expressões de gatinho mimalho.
És tão doce, meu amor! Tão doce, tão meigo, tão carinhoso. Tão atento. Sempre.
Vejo nos teus olhos preocupação, a preocupação que surge de cada vez que me sentes em baixo, de cada vez que me sentes neura. A preocupação aumentada com o sofrimento provocado pelo meu silêncio, pela minha distância. Não fiques assim, amor, apetece-me dizer-te. Não aguento ver-te a sofrer, não aguento mesmo. Dói-me tanto, tanto! Se soubesses...
Abraço-te com força, com muita força, encostando-me a ti, deitando a cabeça no teu ombro, sentindo o teu coração a bater rápido, muito rápido, contra o meu peito. Sinto os teus braços a envolverem-me e a segurarem-me com força, tentando transmitir-me calma, paz, segurança... e conseguindo-o. Só me sinto feliz assim, quando estou nos teus braços, sabes? Sinto-me tão bem...
Mas desta vez sinto algo mais. Sinto a tua preocupação e o teu sofrimento a envolverem-me, a penetrarem até ao fundo do meu coração. E isso dói, dói, dói... Dói tanto que mordo os lábios para me tentar conter.
Um momento depois, reergo os olhos. Reencontrei um sorriso para ti, e ofereço-to.
Olho-te nos olhos, profundamente, bem profundamente.
Acaricio-te levemente as faces, beijo-te. Intensamente.
Murmuro baixinho, bem baixinho, “Amo-te!”.
E esta é a resposta.
5 comentários:
E também eu te amo. Sabes disso, porque daí deriva a minha preocupação. Toda a força e conforto que eu te possa transmitir seriam ainda maiores se tudo fosse partilhado. Ainda assim, és tu quem decide essas coisas, como sabes. E não quero que te preocupes, pois nada há a perdoar.
Prometeu
Eu sei. E tu transmites-me toda a força do universo. Não te preocupes. Eu fico bem. Tendo-te a ti, estarei sempre bem...
Como todas estas palavras, emoções, sensações me parecem tão familiares...É natural que quando surge este belo sentimento, e tão igualmente doloroso,que é o amor, queiramos partilhar quem nós somos, toda a nossa vida passada, experiências vividas, enfim, queremos partilhar quem somos com a pessoa amada, mas quando apenas más recordações guardamos dentro de nós, não conseguimos encontrar as palavras certas para descrever cada uma das emoções ou cada uma das recordações dentro de nossa alma. Optamos então pelo silêncio, julgando nós que é mlhr para quem queremos acima de tudo ver feliz, pois amar é proteger a "tal pessoa" mesmo de nós próprios, evitando, entao, partilhar o nosso sofrimento temendo que este também possa ser sentido pelo outro, o que nos sufoca, dilacera o coração e nos faz arder em dor e arrependimento por termos aberto a "tampa" deste enorme baú. Acabamos é por esquecer que este nosso silêncio também provoca dor, mas nem sempre nos apercebemos disso porque estamos tão concentrados a moer a nossa dor só para nós que não nos lembramos p vezes k kem amamos tb quer acima d td proteger-nos e ver-nos felizes, e ker k desabafemos com ele..e é qd nos voltam os tais pensamentos d kerer evitar k ele sofra tanto qt nós, acabando isto por se tornar num ciclo vicioso enorme, apenas por tentarmos, tal como disseste, manter belos e puros os momentos k passamos juntos e evitar estragá-los "com más recordações, com evocações tristes".
Resumindo, gostei bastante deste texto, é mt belo e bastante profundo.
Sianna
Obrigado. É bom saber que alguém me entende.
Tal como dizes, acaba por se tornar um círculo vicioso... mas temos que o tentar (e saber) quebrar, exactamente para não ver quem mais amamos a sofrer.
ja me eskeçi dakilo que ia comentar a inicio...mas gostei tanto,axo que relamente n vale a pena dizer mais nd...espero um dia poder dizer isto de alguem :)
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