27 maio 2005

Um ano...

Uma noite de fim de Maio, já quente. Uma quinta-feira à noite.
Estou estendida no sofá com um livro nas mãos. Um livro interessante (para mim), político. Um livro que eu não consigo ler.
Abro-o, leio as primeiras palavras. Ergo os olhos, talvez pensando no que li? Não. Penso nele, naquele que nos últimos tempos não me sai da cabeça. Uma figura sombria. Uma mente brilhante. Uma alma complexa, cheia de luz e de sombras. Um sorriso insinuante. Um olhar sedutor. Um olhar perturbante. Um olhar que parece ler a própria alma, que parece entrar dentro de mim. Uma alma gémea?
Suspiro, volto a baixar os olhos para o livro. E uma vez mais não resulta, as palavras deslizam à minha frente sem que os olhos as decifrem. Fecho o livro com força, hoje não o consigo ler. Até porque foi por causa dele que mo emprestaram, para comparar as nossas reacções... Mas será que tudo me faz pensar nele?!
Cruzo os braços sobre o livro fechado, deito a cabeça sobre eles. Penso. Sinto. Recordo. Procuro entender. Procuro entender tudo o que penso, sinto e recordo. Procuro ler nas atitudes dele, nas palavras dele, algo... um sinal que me permita perceber se ele sente o que eu sinto, que me permita ver se há algo mais ou se é simples amizade. Simples... enfim, tão simples quanto o pode ser uma amizade entre dois malucos como nós!
Mas... será que é só isso? Será que é só amizade? Recordo a manhã de hoje, o beijo súbito, o seu olhar enquanto se afastava, o sorriso provocador como se esperasse a minha reacção. Recordo as palavras dele mais tarde, interessadas mas lançadas ao ar, como se uma vez mais procurasse uma reacção. E o olhar dele, estudando-me enquanto eu me fazia de desentendida, sentindo o coração acelerado, cada vez mais acelerado...
Mordo os lábios, tento controlar-me. E sento-me de repente, indiferente aos olhares surpresos que se fixam em mim. E cerro as mãos com força, com muita força, tentando conter dentro de mim o que sinto, esta angústia de não saber que me mói por dentro!
De repente, o telemóvel. Mensagem. E quando vejo que é dele o meu coração dispara. E quando leio as primeiras palavras, adivinho o que vem a seguir e vou direita ao meu quarto, à minha cama, ao meu refúgio. E deito-me nela, a respiração acelerada enquanto leio, uma e outra vez, que ele gosta de mim, que ele me ama, que ele quer namorar comigo!! E quero rir, e chorar, e fazer todas aquelas coisas idiotas que se fazem quando se está apaixonada. E depois o telemóvel volta a tocar, e é ele...
Um ano passou depois desta noite. Um ano, já... Passou a correr, passam a correr todos os momentos em que estamos juntos. E hoje, escrevo este texto para dizer uma única coisa, para o gritar para todo o Mundo ouvir: AMO-TE, DANIEL!!!

5 comentários:

Daniel Cardoso disse...

AMO-TE infinitamente. Até ao expoente máximo da loucura.

Sianna disse...

L'amour...o sentimento por si só é belo, lindo, louco...faz-nos parecer crianças quando recebem uma goluseima...ms entretanto vai-s fortalecendo, fazendo-nos crescer, amadurecer..traz-nos boas e más recordações..ms são sp recordações que quando são vividas por amor valem sp a pensa recordar...Que + dizer...o amor paira no ar..hehe
Gostei imenso do texto, consegue mostrar realmente aqueles sentimentos de alegria que sentimos qd sabemos que somos correspondidos...gst mt..

Ah, e MTAS FELICIDADES PÓS 2!!! ;)

Anónimo disse...

é isso mm, muitas felicidades pos 2!!!lembro m tao bem no incio da historia!!lembraste da sexta d manha soph???eh eh...as voltas ka vida da!! =]

Anónimo disse...

Tou muitooooooooooooo contente por vocês... Adoro-vos muito muito!
Parabéns!! Espero que contem muitos muitos mais, mas isso já vos disse :P
* * *

Yolanda

Sophia disse...

Obrigado pelos vossos votos de felicidade, quer de quem nos acompanhou desde o início (obrigado Cat por teres "aturado" com paciência inesgotável o meu nervosismo!!) quer de quem só há meses nos conhece mas é já uma grande amiga.
Obrigado às três!! Espero que os vossos votos se cumpram, e que vivam sempre tanta felicidade como aquela que eu vivo desde há um ano!
E lembrem-se: por mais sombras que haja, o sol continua lá a brilhar para nós!