20 junho 2005

"Pena que Sangra"

Como não podia deixar de ser, venho aqui anunciar a publicação do livro "Pena que Sangra", uma colectanea de poemas do meu colega de blogosfera Prometeu. Quem quiser dar uma espreitadela, dê um salto ao Esparsos, com link aqui mesmo ao lado... E quando o livro estiver disponível na Fnac (as reservas com o autor já acabaram), direi qualquer coisa...
Uma vez mais, PARABÉNS PROMETEU!!!

12 junho 2005

"Angel in the Dark", Nemesea

Hoje, vou variar...
Esta música diz-me muito, fala-me à alma. Não só porque a ouvi nos braços do meu amor, que é o melhor sítio para se ouvir música, mas também porque reflecte de uma forma assustadora a minha alma... Tanto que não consigo evitar chorar ao ouvi-la... Bem, fica aqui a letra. Se gostarem já sabem, procurem!!

"A dream so real it takes her back
She's falling into her own past
The present has gone forever
Now she rests upon her bed
and then she cries...
and then she feels...
she feels so sad

Lost in memories
she tries to fade away but fails
The darkness overrules the sky
She keeps on screaming: "Tell me why!"

When will the light take over
these dark days
And will she ever wake
and know it is all a lie?

Her eyes are closing slowly
The pain increases everyday
She wanted to fight but walked away
and now there's nothing left to say

She used to live, she used to give
She always enjoyed life the way it was meant
But clouds they came and played their game
Casting a spell so she'd fade away
But will she stand up to fight and protect her life
Be what she wanted to be... an Angel in the dark

Her dreams are taking over
The puzzle remains a mystery
But she ought to know by now
it's just imaginary"

"Angel in the Dark", Nemesea

09 junho 2005

Lágrimas...

Olho os teus olhos, os olhos que eu tanto amo. Uma lágrima, não, muitas lágrimas, caem deles, deslizam sobre a tua pele macia e suave que eu tanto gosto de acariciar.
O meu coração aperta-se...
As minhas mãos deslizam pelas tuas faces, apagam as lágrimas que eu bebo num longo beijo...
Sei porque choras. Sei e não gosto, porque é por mim, por nós que estás a chorar. E eu odeio isso, odeio discutir contigo, odeio-me por cada uma das lágrimas que, como pérolas, correm redondas e firmes. Odeio-me por cada segundo de sofrimento que te faço sentir, por cada mágoa que se vem juntar a todas aquelas que carregas nos teus ombros tão fortes e tão fragéis...
Tu choras. E eu desespero. Estendo os meus braços para ti, puxo-te para junto do abrigo do meu corpo que te envolve como uma redoma, abraço-te com força, muita muita força enquanto sinto as tuas lágrimas a perpassarem-me a roupa, a molharem-me a pele...
Não chores, amor, por favor!, imploro-te vezes sem conta. Mas desta vez não te consegues conter, sentes-te culpado, demasiado culpado por algo que, na realidade, não é culpa de nenhum de nós... E as tuas lágrimas continuam a correr, doem na minha pele como ácido que me fere e corrói...
Dói tanto, tanto! Dói demais...
E então, também eu choro...
Estou contigo, amor. Não estás sozinho, nunca mais estarás. Não chores. Não sofras. Nós amamo-nos, e nada mais importa...

06 junho 2005

Adeus

Para quem me conhece e pode ter notado bastante realidade nos meus últimos posts, quero apenas informar que este é pura e simples ficção...

Escuro à minha volta... Noite... Medo... Solidão...
Afasto-me de todos, inclusive de quem me ama...
Porquê?
Porque tenho medo... Pura e simplesmente tenho medo...
Começa a chover. Chove com força, uma chuva quase torrencial que reflecte tão bem aquilo que sinto!
Tenho medo... Medo de ficar só uma vez mais, medo de perder aquela pessoa que iluminou o meu mundo...
E, não o confesso a ninguém, mas... ciúme, tenho ciúme. Ciúme de quem está tão perto dele, tão mais perto do que eu estou, ciúme de quem recebe em si o fogo do seu olhar cobiçoso, cheio de desejo... Ciúme de quem recebe no seu o corpo dele, o corpo doce, suave e forte que faz magia acontecer...
E hoje, hoje ele devia estar aqui... Porque não estará? Terá mesmo ficado a trabalhar? Ou será que foi ter com aquela sua nova paixão, aquela que os seus olhos seguem, mesmo quando eu estou presente?
Ele não ficaria contente, se me ouvisse a chamar-lhe paixão... Chama-lhes caprichos, arrebatamentos, nunca paixões. Mas chame-lhes ele o que quiser, o meu medo é o mesmo...

Chega. Hoje decidi que já chega!!
Adeus. Chegou a hora de lhe dizer adeus. Esta está a atrai-lo bem mais do que é costume, eu sinto. E eu sempre lhe disse que não aceito partilhar-lhe o coração!
Chega.
Adeus.
Não me mereces.
Durante três anos foste de outras vezes demais, quiseste outras vezes demais. E se eu sempre aceitei, sabendo que por muito que o teu corpo passeasse era a mim que a tua alma voltava sempre, como pássaro voltando ao ninho, agora não aceito mais.
Chega.
Cansei-me. Cansei-me de sofrer, cansei-me de te partilhar.
Chega.
Adeus.