09 junho 2005

Lágrimas...

Olho os teus olhos, os olhos que eu tanto amo. Uma lágrima, não, muitas lágrimas, caem deles, deslizam sobre a tua pele macia e suave que eu tanto gosto de acariciar.
O meu coração aperta-se...
As minhas mãos deslizam pelas tuas faces, apagam as lágrimas que eu bebo num longo beijo...
Sei porque choras. Sei e não gosto, porque é por mim, por nós que estás a chorar. E eu odeio isso, odeio discutir contigo, odeio-me por cada uma das lágrimas que, como pérolas, correm redondas e firmes. Odeio-me por cada segundo de sofrimento que te faço sentir, por cada mágoa que se vem juntar a todas aquelas que carregas nos teus ombros tão fortes e tão fragéis...
Tu choras. E eu desespero. Estendo os meus braços para ti, puxo-te para junto do abrigo do meu corpo que te envolve como uma redoma, abraço-te com força, muita muita força enquanto sinto as tuas lágrimas a perpassarem-me a roupa, a molharem-me a pele...
Não chores, amor, por favor!, imploro-te vezes sem conta. Mas desta vez não te consegues conter, sentes-te culpado, demasiado culpado por algo que, na realidade, não é culpa de nenhum de nós... E as tuas lágrimas continuam a correr, doem na minha pele como ácido que me fere e corrói...
Dói tanto, tanto! Dói demais...
E então, também eu choro...
Estou contigo, amor. Não estás sozinho, nunca mais estarás. Não chores. Não sofras. Nós amamo-nos, e nada mais importa...

1 comentário:

Daniel Cardoso disse...

Nada mais. Só o nosso amor, e a tua felicidade. Amo-te.