13 abril 2005

Prelúdio

Ela era bonita: não muito alta mas com o corpo bem desenhado, pele muito branca, olhos verdes, muito rasgados e profundos, um manto de cabelo negro, liso e brilhante.
Ela era elegante: vestia de branco, um longo vestido de seda que lhe desenhava e envolvia o corpo.
Ela era pura: nos seus olhos não brilhavam erros nem paixões, apenas o desejo de ser feliz.
Ela era frágil: todos a tinham traído e abandonado, aqueles em quem mais confiara, aqueles que deveriam ter sido os seus protectores.
Ela tinha medo: lágrimas corriam dos seus belos olhos, perolando-lhe as faces, a sua pele macia e suave.

Ele apareceu.

Ele era belo e terrível: adivinhava-se nele poder.
Ele fascinava: vestia de negro, negro absoluto nas calças, na camisa, na capa que o envolvia, negro absoluto que contrastava com a claridade das suas feições, a pele pálida, os cabelos de um louro muito claro, os olhos de um azul muito frio.

Ele estendeu-lhe a mão.
Ela agarrou-a.
E, de repente, deixou de ter medo.

3 comentários:

Domë Earendil disse...

gostei bastante deste post..pela sua simplicidade, pela forma da descrição..Gosto da tua escrita..

Thou art the Godess!
Abraço!

Sophia disse...

Obrigado! Eu também gosto muito do que escreves. És um verdadeiro mago das palavras!
Um beijo para ti.

Daniel Cardoso disse...

Quero mais!!!!!!

Prometeu