Estou aqui, sentada em frente ao monitor. Sozinha nesta casa vazia. A pensar em ti.
Há minutos, lia os teus textos. Procurava neles a tua presença, inebriava-me com a música das tuas palavras. E, lentamente, lágrimas corriam-me pelas faces, aquelas lágrimas que tu já proibiste mas que eu não consigo conter nem dominar, as lágrimas que me enevoam a visão e que, deslizando, formam manchas nas minhas calças, manchas que eu olho quase espantada.
Lágrimas absurdas, talvez... Lágrimas pela tua ausência, lágrimas de saudade por quem vi ontem, por quem verei daqui a uns dias. Mas isso é tempo demais, só te tenho a ti, dói demais cada segundo que passamos separados, cada segundo em que não posso olhar-te, inebriar-me com o teu olhar onde leio amor, com as palavras que me sussurras em voz doce como só tu tens, com a força e a segurança dos teus braços à minha volta, a prenderem-me como se fosse o bem mais precioso do mundo...
É, dói. Dói muito, dói demais. E eu não consigo controlar este sofrimento. Eu, que sempre mandei naquilo que sinto, não o consigo agora fazer. Porque quando entraste na minha vida mudaste tudo, e eu por ti e para ti aboli muralhas, distâncias ou protecções. Eu sou tu e tu és eu, e isso é maravilhoso... e também doloroso, muito doloroso.
Amo-te. E enquanto repito isto para mim própria, mais uma lágrima corre, e se junta às outras que caem pelas minhas faces. E eu mordo os lábios, reconhecendo o arrepio que me percorre, o mesmo de sempre, o mesmo de cada vez que choro enquanto escrevo, o mesmo de cada vez que as palavras saem humedecidas de mim por virem de tão fundo no meu coração, por virem de um sentimento que é maior que tudo e todos, por virem do sofrimento, do sofrimento em que pareço estar a tornar-me perita...
Quando me leres vais-te preocupar, bem sei. Vais ficar triste por me saberes uma vez mais a sofrer, vais sofrer comigo embora longe, tão longe de mim. E eu sei isso, mas não consigo impedir-me de escrever... Porque preciso, porque preciso de tentar exorcisar esta dor maior que o universo, e a escrita é o meu refúgio de sempre, o refúgio de quando ainda não tinha os teus braços para me acolherem, os teus lábios para me beberem as lágrimas, o refúgio de quando esses braços e esses lábios estão longe, oh!, tão longe. Se não geograficamente, pelo menos emocionalmente. Porque quando se ama e se sofre uma ausência, até dois metros é uma distância insuportável...
Não posso continuar. As lágrimas não param, hoje nem isto resulta. Tenho de as deixar correr. É isso que vou fazer.
Sempre, sempre a pensar em ti...
Há minutos, lia os teus textos. Procurava neles a tua presença, inebriava-me com a música das tuas palavras. E, lentamente, lágrimas corriam-me pelas faces, aquelas lágrimas que tu já proibiste mas que eu não consigo conter nem dominar, as lágrimas que me enevoam a visão e que, deslizando, formam manchas nas minhas calças, manchas que eu olho quase espantada.
Lágrimas absurdas, talvez... Lágrimas pela tua ausência, lágrimas de saudade por quem vi ontem, por quem verei daqui a uns dias. Mas isso é tempo demais, só te tenho a ti, dói demais cada segundo que passamos separados, cada segundo em que não posso olhar-te, inebriar-me com o teu olhar onde leio amor, com as palavras que me sussurras em voz doce como só tu tens, com a força e a segurança dos teus braços à minha volta, a prenderem-me como se fosse o bem mais precioso do mundo...
É, dói. Dói muito, dói demais. E eu não consigo controlar este sofrimento. Eu, que sempre mandei naquilo que sinto, não o consigo agora fazer. Porque quando entraste na minha vida mudaste tudo, e eu por ti e para ti aboli muralhas, distâncias ou protecções. Eu sou tu e tu és eu, e isso é maravilhoso... e também doloroso, muito doloroso.
Amo-te. E enquanto repito isto para mim própria, mais uma lágrima corre, e se junta às outras que caem pelas minhas faces. E eu mordo os lábios, reconhecendo o arrepio que me percorre, o mesmo de sempre, o mesmo de cada vez que choro enquanto escrevo, o mesmo de cada vez que as palavras saem humedecidas de mim por virem de tão fundo no meu coração, por virem de um sentimento que é maior que tudo e todos, por virem do sofrimento, do sofrimento em que pareço estar a tornar-me perita...
Quando me leres vais-te preocupar, bem sei. Vais ficar triste por me saberes uma vez mais a sofrer, vais sofrer comigo embora longe, tão longe de mim. E eu sei isso, mas não consigo impedir-me de escrever... Porque preciso, porque preciso de tentar exorcisar esta dor maior que o universo, e a escrita é o meu refúgio de sempre, o refúgio de quando ainda não tinha os teus braços para me acolherem, os teus lábios para me beberem as lágrimas, o refúgio de quando esses braços e esses lábios estão longe, oh!, tão longe. Se não geograficamente, pelo menos emocionalmente. Porque quando se ama e se sofre uma ausência, até dois metros é uma distância insuportável...
Não posso continuar. As lágrimas não param, hoje nem isto resulta. Tenho de as deixar correr. É isso que vou fazer.
Sempre, sempre a pensar em ti...